Lia Seixas
Esta pergunta deu início não só às leituras do grupo como também ao próprio grupo. Desde a graduação, quando fazíamos pesquisa de iniciação científica, esta era uma questão que nos dizia respeito. Desde o grupo "Teorias de Quinta", com um mestre, o professor Elias Machado e as colegas Tattiana Teixeira, Leila Nogueira, Mônica Celestino, além de Clarissa Mello, Rosane Bispo e Rosa Dominguez, nos fazíamos essa pergunta. Uma pergunta que certamente continuará nos incomodando.
Principalmente hoje com tantos produtos midiáticos, chamados de jornalísticos, esse adjetivo "jornalístico" ganhou mais força. O que delimita? Quais são as características essenciais do jornalismo, independentemente do suporte, do dispositivo, da mídia?
Neste ano de 2012, o NJOR começou, então, com leitura de livros clássicos dos estudos do jornalismo. Autores como Otto Groth e Luiz Beltrão encabeçaram a lista (o que pode ser conferido na seção Leituras). Discutimos as categorias de atualidade, periodicidade, universalidade, publicidade (GROTH), variedade, interpretação e promoção (BELTRÃO).
Consensuamos sobre a força das noções de atualidade, periodicidade e universalidade para o jornalismo, o "jornal", o fazer-jornalístico. Aproveitando para a disciplina Teorias do Jornalismo na graduação, sistematizamos um quadro comparativo das propriedades. Destas vieram questões sobre a interferência da cultura organizacional, da importância dos critérios de noticiabilidade, da rotina produtiva, do conceito de factual, portanto de fato.
Ou seja, é só o começo. Seguiremos com Robert Park com a questão que o professor Eduardo Meditsch foi convidado a responder em 1997 e que deu origem a um artigo: "Jornalismo é uma forma de conhecimento?". Concordamos com sua resposta positiva, o que nos embasa na seguinte formulação: jornalismo é uma forma de conhecimento sobre a realidade atual. Mas será?
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